quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Reflexos
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 09:10 0 comentários
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Tears for fears
Fantasmas sempre tiram meu sono.
É o temor que me assola.
Não aquele medo infantil do escuro.
Esse se esvaiu no exato momento em que conheci o silêncio e me encantei com a solidão.
Mas aquele medo velho e poeirento que habita em meus ossos.
O medo enfrentado todos os dias, como se ali nunca estivera presente.
O medo ignorado, perdido e cotidianamente reaprendido.
Agressividade, inércia, tristeza, euforias...
Onde mais ele vai se esconder??
"Nem sempre se vê lágrimas no escuro"
Lobão
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 12:55 1 comentários
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
A Maruquinha
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 13:29 1 comentários
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
Inútil Paisagem
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 11:36 0 comentários
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Roda Viva
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 05:25 0 comentários
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Amigos e a minha família, meu porto seguro, meus amores. Acho que são os que menos sabem sobre mim, mas são os que mais me transmitem a força que preciso.
Ah... nesse exato momento eu só queria um amor eterno que durasse até o dia amanhecer.
E Bossa Nova.
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 12:25 0 comentários
sexta-feira, 6 de julho de 2007
Lágrima Flor
Me via apenas resignada.
Mas não deixa ninguém perceber
Pois a lágrima feita de amor
Vira flor pelo bem que ela faz
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 10:24 1 comentários
segunda-feira, 25 de junho de 2007
Viva São João!! (peripécias da festa junina)
Às 5h30 da sexta-feira o telefone de casa toca. Era a vizinha. Nervosa, pedia que eu acordasse meu cunhado, pois, segundo ela, tinha um ladrão no prédio e o mesmo já tinha tentado arrombar o seu apartamento. Ela queria que ele ligasse para a polícia. Me perguntei porque ela mesma não fazia isso, mas tudo bem.
Eu tinha acabado de acordar. Lu já estava à minha espera para seguirmos em direção a Coração de Maria e lá passarmos o São João.
Com toda a frieza que sempre tenho nesses casos, e ainda bêbada (de sono, vale ressaltar) acordei meu cunhado. Obviamente, fiquei impossibilitada de sair do apartamento pra não correr o risco de topar com o suposto ladrão, burro, diga-se de passagem, já que tinha conseguido a façanha de se prender dentro do prédio.
Logo pensei: "meu São João vai começar bem..."
Enfim, a polícia não tardou e descobrimos que o ladrão era, na verdade, um maluco que tinha pedido comida e uma moradora, sabidamente (essa sim) louca, abriu o portão pra ele. Não sei como o coitado ficou preso lá e ela não abriu o portão novamente.
Seguimos viagem. Lá chegando fomos fazer o famoso reconhecimento de área. Andando na rua ouvimos as piadinhas rotineiras e uma inédita:
- Tá passando aqui toda hora pra pirraçar, né, mainha?
Não sei ao certo com quem ele falou, provavelmente com as duas, mas a partir daquele momento Lu virou "a pirracenta".
Seguimos, rindo, e logo adiante eu ouço:
- Você é excitante!
O São João sempre me reserva surpresas. Ano passado descobri que eu tinha o "delineamento corpóreo" que o cara da mesa ao lado imaginava, ao me ver sentada.
Mas era era tudo que Lu queria...
Me sacaneou até não poder mais.
- Façamos um trato então, Lu, eu excito e você pirraça.
- Combinado. Fechô!
- Já é!
O dia transcorreu sem mais emoções e fomos nos aprontar pra festa.
Hora do banho. Assim que entrei no chuveiro, pensei: "Ok. Pode trazer o bisturi."
Aquilo não era um banho, era uma anestesia geral. Ainda olhei pra cima para ter certeza que água não caia em cubos.
Já devidamente trajadas, fomos pra rua.
A partir desse momento um fenômeno estranho começou a ocorrer: As mulheres olhavam pra gente com ar de desprezo e os homens pareciam nos enxergar nuas.
Diante desse fato, tudo transcorria dentro da normalidade possível, até que uma figura pitoresca e, talvez consciente do papel ridículo que desempenhava, cismou que eu ria dela.
-Rosana, a mulher tá vindo pra cá...
-É hoje!
Ela encosta.
-Você tá rindo de quê??
- Eu?!? De nada.
-Vai ser bom se eu quebrar a sua cara aqui agora?!? Vai ficar bonito pra você se eu quebrar a sua cara??
Ela só teve o meu silêncio como resposta. Foi embora e não pude conter o riso.
-Rosana, a mulher tá voltando...
-Aimeudeusdocéu!! Eu mereço...
Enquanto isso, já tinha platéia se formando ao nosso redor.
Ela volta com a mesma ladainha de que vai quebrar a minha cara, blá, blá, blá...
Novamente o meu silêncio foi a sua resposta.
Ousada como sou, continuei no mesmo lugar. Ela foi embora.
-Lu, lá vem ela de novo.
Ela passa com o celular na mão, tirando foto da gente, achando que estava disfarçando.
-Lu, a mulher sumiu. Acho melhor a gente ficar de olho na retaguarda... Vamos sair daqui.
Ultimamente, de forma inexplicável, minha retaguarda tem sido alvo de ameaças por parte de mulheres loucas. Já até me ofereceram luvas de boxe por um precinho camarada. Bem, mas essa já é uma outra história...
Saimos. E, como todo bom filme de terror que se preze, não tardou pra avistarmos de novo a mulher, na esquina, surgida do nada e olhando feio na nossa direção. E haja foto!!
-Rosa, vamos começar a posar pra foto?
-Deixa quieto, Lu. A mulher quer pegar a gente de galera. Vamo vazar.
Sumimos na multidão, pra decepção da criatura.
Dançamos boa parte do tempo, em meio aos meus tropeços na rua.
-Porra, meu pé não tem equilibrio nenhum!
-É, Rosa, eu sei que você é uma pessoa desequilibrada.
Bem, não foi bem isso que eu quis dizer, mas também não tive como negar esse fato. Acho também que ela não aceitaria uma explicação anatômica naquele momento.
E a gente andava, sendo constamente assediadas. Comigo a coisa era sempre pior.
- Rosana, você tá demais!
- O que eu posso fazer, Lu?!? Eu tô quieta, esses homens que são loucos. Diga a esse povo que eu tô basiquinha, por favor. (falando de forma bem afetada)
- Gente, Rosana tá basiquinha!(alto)
Ríamos e ela logo desistia. O assédio continuava.
- Amiga, não tem jeito... Você é d'Oxum! Não adianta estar basiquinha. Eles vão mexer do mesmo jeito.
- Ah... Então tá!!
E assim foi até irmos embora.
Hora de dormir. Começamos a conversar na cama e, de repente, solto a pérola:
- O mar está agitado.
- O quê?
Desperto. Sim, eu estava dormindo. Ou melhor... Eu estava em Salvador, na beira do mar.
- Porra, Lu, eu estava em Salvador!!
- Como assim?!?!
-É, eu estava em Salvador. Na orla. Ia entrar no mar, mas ele estava agitado.
- Agora você se teletransporta?? Da próxima vez me leve, viu??
Risadaria geral.
No outro dia decimos ir para Irará, a cidade vizinha, onde mora a minha avó e onde meu irmão estaria.
Era uma chance de matar a saudade dela e de Naizinho, que mora no RJ e, provavelmente, não o encontraria em Salvador dessa vez.
Fomos para o ponto pegar o buzu e ao longe avistamos uma figura carregando algumas folhas arrancadas com raiz e tudo.
Ele se aproximava. Com a sorte que eu ando ultimamente, tinha certeza que ele encostaria.
Ele passa pela gente e olha, justo pra minha cara, e faz sinal de legal com a mão. Respondi.
- Diga aí, meu velho!
Ele parou e tirou, até hoje não sei de onde, um biscoito recheado e ofereceu. Não aceitei.
Ele sentou e encostou na árvore.
-Vocês moram aqui em Coração de Maria?
Comecei a brincar.
- Moramos.
- Estão indo pra Mar...?
Luciana não aguentou.
- Pra onde?!?! Pra marte?
- É! Pra mar...
Até hoje não sei que diabos de lugar era aquele, mas confirmei. Ele aponta pra mim.
- Sou mais você pra tudo na vida. Você é mais esperta. Sou mais você pra namorar, pra casar, pra tudo. Você é mais preparada pra vida. A outra é gente boa, mas é mais devagar.
Lu se indignou.
- É assim, né?
- Você é gente boa, mas é devagar. Você só vai casar daqui a vinte anos. Você vai casar com vinte e cinco anos.
Eu ria. Aquilo era proposta de casamento pra mim e uma praga pra Lu, que só quer casar depois dos 30.
De repente ouço um arrocha tocando em algum lugar. Como sempre, brinquei balançando o corpo pra um lado e para o outro.
- Conheço de longe a mulher que sabe dançar.
- E eu sei dançar, meu amigo?
- Sabe. Sabe sim.
- Valeu.
Pedi pra tirar uma foto. Ele deixou.
O buzu chegou e até agora me arrependo de não ter perguntado o nome dele. Nos despedimos e ele sorriu.
Chegando na cidade minha avó não estava em casa. Tinha ido com meu irmão pra casa da família da esposa dele.
-É, Lu, o jeito é procurar um lugar pra beber enquanto esperamos minha avó chegar.
-É, vamos lá enquanto minha avó não chega.
- Como assim?!?! Você tem parente na cidade??
- Tenho. Minha avó.
- E como é o nome dela?
- Agora você me pegou... (risos)
Ela quer entrar pra família de qualquer jeito.
Caminhamos e uma criatura olha pra minha cara:
- Você olhou pra mim e eu olhei pra você. Foi amor à primeira vista.
Pronto! Daqui a pouco eu já tinha até casamento marcado e não sabia...
Fomos beber na praça.
Apareceram uns vaqueiros na mesa ao lado e Lu ficou noiva de um deles. Pena que até hoje ele não sabe disso...
Voltamos e encontramos minha avó com meu irmão.
Depois dos beijos e abraços, minha avó, pra variar, me leva pra fazer o costumeiro tour pelas casas de todos os primos e primas distantes que ela pensa que eu lembro. Não a desiludo.
- Lembra dela? É minha neta. Sua prima.
- Lembro sim! Tá sumida... Quem é vivo sempre aparece!!
- Como vai? Pois é... (sem graça e sem ter a menor noção de quem se trata)
Lu tomou logo ousadia com minha avó e as duas andavam abraçadas pela rua.
Hora de voltar pra Coração de Maria. Deixamos Irará já sentindo saudades. Lu, especificamente, com saudades do noivo vaqueiro que ela nem sequer chegou a conhecer.
Depois da anestesia geral fomos pra rua.Tomamos um susto. A cidade estava lotada!!
Matei a charada. Era dia de Silvano Sales, o rei do arrocha, auto intitulado "O cantor apaixonado".
Não poderia perder esse espetáculo por nada.
As cortinas do palco se abrem. Dançarinos vestidos de rosa, se rebolando, e os backing vocals (sim, ele tem backing vocals) faziam o coro: "Silvanos Sales, Silvano Sales, o cantor apaixonado"
Totalmente sem ritmo.
Entra o rei do arrocha, as mulheres gritam e a coreografia "come no centro"
Tronco para um lado, quadril para o outro, em sentido anti-horário, dá duas voltas, uma paradinha e volta o corpo para o outro lado.
Ao ver aquele espetáculo lembrei de um amigo que, muito sabiamente, uma vez me disse que algumas pessoas precisam fazer um planejamento familar antes de dançar arrocha acompanhado. Aquilo mostrou ser a mais pura verdade.
Fomos passeando e sobrevivendo aos empurrões enquanto entrava música e saia música e eu, simplesmente, não conseguia perceber mudanças significativas na melodia, sempre com aquele tecladinho ordinário ao fundo e a voz esganiçada do "cantor"(Eu tô careeeenteeeeeee/ Eu tôôô/ Eu tô careeeeeente do seu amooooooooor)
Haja paciência!!
Algumas pessoas me convidaram para dançar e eu, obviamente, recusei. Era demais para minha cabeça dançar arrocha com um total desconhecido.
Entra a outra banda. Karrascos do Forró. E realmente eles fizeram do palco um cadafalso e mataram o forró ali mesmo. Enforcado. Sem dó nem piedade.
A banda era péssima!!
Decidimos ir pra casa.
Voltaríamos pra Salvador no domigo, mas acabou não sendo possível.
Fomos para rua durante o dia e as bandas começaram a tocar cedo. Estávamos de bermuda, camiseta e sandálias havaianas.
- Lu, a gente já fica por aqui mesmo. Assim mesmo.
- Assim?
- É!
- Tá bom!
Ela, fácil, como sempre!
Dançamos forró ao som de músicas variadas, desde os mais sutis elogios às mulheres (dança piriguete/balança piriguete) até letras de profundo teor filosófico (se avexe nãããão/que amanhã pode acontecer tudo/inclusive nada)
Depois foi a vez do Pagod'art, uma banda de pagode.
Apenas cruzei os braços, encostei em um canto e observei, curiosa em saber o que acontecia com a coluna das pessoas ao fazerem aqueles movimentos.
O jeito foi apelar para a garrafa de licor.
Quando vimos que aquilo não acabaria tão cedo, jogamos a toalha, vencidas pelo ritmo e pelas coreografias indecifráveis.
Fomos pra casa.
Eu tropeçando, Lu me segurando e as duas cantando: "Nessa cidade todo mundo é d'Oxum"
Ríamos de tudo e de todos e, principalmente, de nós mesmas.
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 10:02 4 comentários
quinta-feira, 21 de junho de 2007
Para "O Misericordioso"
Apenas deixei de te amar.
É, eu sei que você achava que seria pra vida toda. Confesso que também acreditei nisso.
Não sei exatamente como nem quando aconteceu, mas um dia olhei para você e vi a sua presença refletir o tédio em mim. Depois veio o vazio.
Era eu ou você. A briga era injusta...
Não, não foi egoísmo, foi sobrevivência.
Queria ter raiva de você por você ter raiva de mim, mas vejo que não teria o menor sentido.
Te amei muito, me dediquei mais do que deveria, e tive como legado a sua mágoa e rancor.
Não entendo, mas respeito.
Também não entendo o meu desamor.
Acho que, simplesmente, acontece...
Acontece - Cartola
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 08:05 0 comentários
segunda-feira, 18 de junho de 2007
Hoje é o seu dia!!
Outro dia conheci uma menina.
Ela esteve sempre ali...
Achava legal, inteligente, mesmo não tendo intimidades. Simplesmente ela não me dava ousadia.
Um belo dia se descuidou... e agora tem a vida inteira pra se arrepender...
Ou não!!
Vimos que temos mais em comum do que imaginávamos. Virei sua assessora para assuntos amorosos, digitais e afins (assuntos diversos, como ela chama).
Ela virou uma amiga e um motivo de grande alegria em meio a tantas pessoas desprezíveis que nos cercam diariamente.
Meio lerdinha, as vezes, sempre digo que quanto mais eu ensino menos ela aprende.
Mas a verdade é que eu acho divertidíssimas todas as suas indagações, inclusive suas consultorias históricas:
-Ok. Agora vamos falar sobre a causa judaica.
- Causa judaica?!?! Mas hoje é sexta-feira!!
Ou então:
-Não entendi aquela frase no começo do documentário "O historiador é o rei, Freud é a rainha" O que siginifica?
-Ok, ok, pára tudo!! Como assim?!?! Estamos numa mesa de bar, porra! Depois explico.
Mas não tem saída... Ela não sabe, mas sou extremamente sensível ao seu jeito, digamos, meio sem noção...
Sempre digo para as outras pessoas que sou apaixonada por ela (no bom sentido, vale ressaltar).
Em breve faremos um curso de Kimbundu e um dia moraremos em Angola (vamos cuidar dos desvalidos, aplacar a fome e erradicar todas as doenças, são seus planos).
Sim, antes que alguém se pergunte, ela realmente acredita nisso...
Louca por chocolate, já virou obrigação compartilhar minha barra de Talento toda sexta-feira.
Como uma boa geminiana, tenho que aturar seus ciumes. Até que não são muitos... Confesso que acho bonitinho.
Confunde todos os ditos populares e letras de música.
- Os homens não choram... Ou seriam as rosas?!?
- Não, Thai... Meninos não choram, segundo o filme, e as rosas não falam, segundo Cartola
- Ah eh!
E assim por diante... Já me acostumei.
Enfim, a questão é que hoje é aniversário dela. Dois patinhos na lagoa...
Thai, só queria dizer que estou feliz por compartilhar esse momento de sua vida, me sinto realmente privilegiada por merecer sua atenção e carinho.
Te desejo toda a felicidade do mundo!!
Espero fazer parte desse seu universo encantador e poder sempre compartilhar suas alegrias e angústias com o mesmo empenho e dedicação.
Parabéns, amiga!!
Passem-se dias, horas, meses, anos
Amadureçam as ilusões da vida
Prossiga ela sempre dividida
Entre compensações e desenganos.
Faça-se a carne mais envilecida
Diminuam os bens, cresçam os danos
Vença o ideal de andar caminhos planos
Melhor que levar tudo de vencida.
Queira-se antes ventura que aventura
À medida que a têmpora embranquece
E fica tenra a fibra que era dura.
E eu te direi: amiga minha, esquece....
Que grande é este amor meu de criatura
Que vê envelhecer e não envelhece.
Soneto de Aniversário - Vinicius de Moraes
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 04:34 1 comentários
quinta-feira, 14 de junho de 2007
Saudades daquela que era sempre chamada de "minha". Hard Times...
De repente me vejo em posição fetal, chorando
Não, não luto contra
Quase posso ouvir o seu riso
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 10:42 0 comentários
terça-feira, 12 de junho de 2007
Dori, a Dandalunda
Essa é Doroteia. Ganhei de uma amiga.
Ela me ajuda, com transmissões mediúnicas de pensamento, a fazer as transcrições paleográficas (esse é do sec. XVIII - minha paixão) ao som de Ray Charles (you know the night time, darling/is the right time/to be/whit the one you love now - inspirador...) e ao lado da minha inseparável garrafinha de água.
Valeu pela força, Dori.
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 13:45 0 comentários
segunda-feira, 11 de junho de 2007
Para ele
Esse vício tem nome, cor, cheiro...
Sou extremamente dependente das suas demonstrações de afeto.
Necessito de todos os seus apelos para ter a minha presença.
Ele é a minha droga, consumida sem restrições.
Overdose...
Noites mal dormidas, conversas enebriantes e saudades atenuadas.
Saudade do pouco que temos e das pouquíssimas vezes que nos vimos.
Saudade dos abraços prometidos e dos carinhos desejados.
Saudade do que nunca tivemos...
Minha droga.
Minha dose diária de morfina.
Sua voz; hora do dia em que respiro.
Seu toque; algum dia em que me perderei...
Meu ácido.
Um dia desses fico sem veias.
"Tu me levaste, eu fui... Na treva, ousados
Amamos, vagamente surpreendidos
Pelo ardor com que estávamos unidos
Nós que andávamos sempre separados. "
Vinicius de Moraes.
Meu querido, obrigada por sua amizade e pelo nosso amor impossível.
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 11:18 1 comentários
sexta-feira, 8 de junho de 2007
Fluxo e refluxo da maré
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 10:42 1 comentários
segunda-feira, 4 de junho de 2007
A Queda
Preciso me importar mais com os sentimentos alheios.
Erros. Muitos erros e apenas uma consciência capenga de atos impensados.
Talvez nem tão impensados, mas carregados de um desejo mórbido.
E ainda recebo aplausos de quem, no fundo, acha que a minha falta de sutileza é um prêmio para curar suas frustrações, decepções, amarguras e mais uma gama de sentimentos menos nobres.
Eu e minha sinceridade...
Não somos exemplo pra ninguém.
Sinto que estou perdendo a delicadeza.
Mas a verdade é que estou cansada de tanta mediocridade ao meu redor.
Doses diárias de banalidades, aplicadas na veia.
Me sinto entorpecida com tanta falta de criatividade.
Preciso respirar.
"Nada como um sorriso burro e paranóico para não perceber a velocidade terrível da queda."
Lobão.
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 07:34 4 comentários
terça-feira, 29 de maio de 2007
Hug me
Nesse sábado o telefone tocou e uma voz empolgada do outro lado da linha disse: "Dosana, já cheguei de Sampa. Estou aqui no aeroporto, indo pra casa"
Fiquei feliz com o retorno mesmo sem nem ao menos saber que ele tinha ido... Enfim, acontece.
Depois das já tradicionais e necessárias palavras de carinho, além da fraterna troca da frase "te amo muito", fiquei sabendo que havia um presente pra mim. Um bichinho, teria dito ele.
"Não gosto de bichinhos", foi o meu primeiro pensamento.
No domingo recebo a visita e o prometido presente. Um garfield, pra variar, com um tímido pedido estampado em um coração: "abrace-me".
A sensação foi boa e ao mesmo tempo estranha. Haja visto a minha idade, nunca mais tinha recebido um "bichinho". Mais estranho ainda ganhar de meu irmão.
Mal de ser caçula. Mal de ter sido mimada.
Ainda bem.
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 11:00 1 comentários
terça-feira, 22 de maio de 2007
Tinha bacalhau, mas onde estava a batata?
Resumo da sexta-feira:
Thai (esquerda), eu (no meio - lá ele!) e Pedro.
Achamos o bacalhau, mas faltou a batata.
A saga continua...
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 06:27 1 comentários
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Nervosa Calmaria
Enfim, estou aqui. Estou bem.
Na velha paz de sempre.
Queria não só dizer essas bobagens sem muito sentido.
Queria saber escrever. Muito.
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 11:12 0 comentários
quinta-feira, 3 de maio de 2007
Memórias de um Bolinho de Bacalhau
Que magia pode haver em um bolinho de bacalhau??
Alguns diriam que o bolinho de bacalhau é um ótimo tira-gosto, indispensável em uma mesa de bar.
Outros afirmariam que o sabor não lhes agrada e, enfim, melhor comer uma porção de batata frita.
Mas com certeza todos concordariam que não há magia alguma, apenas habilidades culinárias.
Sinto decepcionar, mas descobri que há uma variação muito mais saborosa do bolinho de bacalhau: o bolinho de batata com notas de bacalhau! Sim, bolinho de batata com suaves (bem suaves) notas de bacalhau.
Eis o seu segredo: essa variação pode unir pessoas.
O bolinho de batata com notas de bachalhau é capaz de revelar o quão agradável e inteligente é aquela pessoa a quem você antes dirigia um singelo e tímido "oi"
Com o bolinho de batata com notas de bacalhau senti como é maravilhoso ter uma amizade se consolidando a cada dia que passa.
E agora aconselho a todos que peçam, peçam não, exijam sempre essa iguaria no cardápio.
Deixem que o garçom traga o bolinho de bacalhau mas, no íntimo, sintam o gostinho da noite, sempre tão carregada de ludismo, do prazer das companhias e do despertar do respeito e admiração por aqueles que te cercam.
Vivam todas as mesas dos bares da vida e viva o bolinho de batata com suas extraordinárias notas de bacalhau!
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 13:50 2 comentários
quarta-feira, 25 de abril de 2007
No One Knows Better Than I
Ray Charles - Hard Times
My mother told me
Before she passed away
Said: son, when I'm gone
Don't forget to pray
'Cause there'll be hard times
Lord, those hard times
Who knows better than I?
Well I soon found out
Just what she meant
When I had to pawn my clothes
Just to pay the rent
Talkin' 'about hard times
Who knows better than I?
I had a woman
Who was always around
But when I lost my money
She put me down
Talkin' 'bout hard times
Yeah,yeah, who knows better than I?
Lord, one of these days
There'll be no more sorrow
When I pass away
And no more hard times
Ouvi essa música insistemente em meu player sem saber ao certo o motivo.
Só depois percebi como a primeira parte dela me toca profundamente.
Não por acaso...
My mother told me
Before she passed away
Said: son, when I'm gone
Don't forget to pray
'Cause there'll be hard times
Lord, those hard times
Who knows better than I?
Uma vontade enorme de chorar, esperando um colo que nunca vem...
Talkin' 'about hard times
Who knows better than I?
Ter apenas 17 anos e o mundo inteiro pra te engolir...
Talkin' 'about hard times
Who knows better than I?
Seguir em frente sem um porto seguro, sem o amor incondicional...
Talkin' 'about hard times
Who knows better than I?
Não ter alguém pra se preocupar verdadeiramente com as suas angústias...
Talkin' 'about hard times
Who knows better than I?
Não ter quem se orgulhe das suas conquistas...
Talkin' 'about hard times
Who knows better than I?
Não ter alguém pra condenar os seus erros e fazer você baixar a cabeça...
Talkin' 'about hard times
Who knows better than I?
Lord, one of these days
There'll be no more sorrow
When I pass away
And no more hard times
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 10:04 1 comentários
sexta-feira, 20 de abril de 2007
Vitamina de Banana
De manhã fiz vitamina de banana para meu amor.
Não sei fazer vitamina de banana.
Não estava com ele.
Nunca fui na casa dele.
Não sei onde ele mora.
Odeio vitamina de banana.
Ele disse que tava gostosa.
:-)
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 08:02 2 comentários
segunda-feira, 16 de abril de 2007
Chocolate para o meu amor.
Essa noite fui acordada com beijinhos virtuais.
Beijinhos virtuais mandados por um menino bobo que me ama tanto quanto é amado.
Um menino bobo que disse que queria pular a janela do meu quarto (ai, ai...).
Pobre menino bobo que insiste em desejar o que eu prefiro evitar...
À você, menino bobo, ofereço a paz e o inferno de não conhecer os meus beijos.
Te presenteio com minhas madrugadas e dedico, com carinho, as minhas olheiras.
Ofereço minhas mãos em seus ombros, o toque dos meus dedos em seus olhos e o meu sorriso descontraído enquanto caminhamos pelas ruas.
Mas já a minha boca... Deixarei que ela o beije somente com palavras.
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 11:11 0 comentários
terça-feira, 10 de abril de 2007
...
Ontem mandei que uma pessoa fechasse os olhos e me deixasse guiá-la pela rua.
Como um bom menino obediente ele fechou os olhos, mas estendeu os braços à frente, na tentativa de tatear o vazio.
Imediatamente perguntei, cheia de malícia:
- Então não confia em mim?
Seu olhar revelador transmitiu todo o entendimento do meu gesto manipulador e da minha pergunta nem um pouco inocente.
Nada foi dito.
E assim somos feitos; poucas palavras, muitos olhares.
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 11:36 0 comentários
segunda-feira, 9 de abril de 2007
Ao Malandro
Será que você conseguiria perceber o quão contraditória eu sou e estou, demasiadamente, nesse momento?
Você ouviria, no meu silêncio, que sinto saudades?? Saudades já tão adormecidas e quase tão velhas quanto eu que já nem lembro ao certo de quê, mas que elas são tão reais que sinto uma pontada latente a todo instante? É, meu amor, "a verdade é que cidade ficou longe..."
Você entenderia, meu amigo, que sou apenas uma menina frágil e ao mesmo tempo teimosamente forte e geniosa?
Você saberia responder, quando o meu silêncio perguntasse, por que gosto tanto da solidão?
Têm passado pela minha vida muitas mulheres enfadonhas e alguns homens vazios, nada tenho para lhes oferecer, não posso refletir a ausência, só sei dar o que as pessoas garimpam em mim, de resto elas apenas me entediam e fazem com que me sinta burra. Então você compreenderia o sopro de vida que agora representa pra mim se eu apenas te desse um abraço?
Você perceberia que tem um choro preso em mim que nunca se liberta, por mais que eu tente?
Mas tenha calma, amigo, eu também diria a você, no meu silêncio, que eu amo a vida, amo a beleza de uma tarde de verão, adoro a vastidão solitária do mar quase tanto quanto adoro a energia do sol, a emoção do primeiro beijo, o sorriso de uma pessoa amada e, diria também, que me considero uma pessoa feliz.
Mas, enfim, acho que isso era tudo que eu queria não te dizer.
Beijos de pétalas, da sua Flor.
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 14:04 0 comentários
sábado, 7 de abril de 2007
Será que a gente é louca ou lúcida?
Ou seja, receita para o tédio!
Vontade de vagar ouvindo músicas, transformar toda a minha vida em uma melodia vibrante e desafinada composta para uma letra triste.
Poderia ser um Jazz, com um piano executado por dedos ágeis, expressando toda a minha ânsia de explosão, ao lado de um sax imponente gritando todas as minha angústias e desesperos.
Mas, ainda, talvez fosse a minha vida um samba com toda a sua cadência mimosa, sua malandragem, no qual um pandeiro comandaria toda a minha paixão pelo prazer, pela vida e pela liberdade.
Ou quem sabe seria a minha existência um Rock in'Roll, com suas guitarras nervosas e toda a verborragia e melancolia tão condizentes com meus dias de solidão e carência...
Alguns, com certeza, diriam que a minha vida é uma música Pop; simples, bonitinha, sem maiores complicações, em que se pode ouvir um contrabaixo elétrico bem calmo, quase imperceptível, mas fundamental para a harmonia da composição pacífica e conformista.
Mas, na verdade, acho que minha vida seria um Choro.
Sim, um Choro.
Um Choro redentor e silencioso, sem flautas, violão, cavaquinho ou bandolim.
E assim, já despida de todos os instrumentos, eu seria a minha própria banda e esse Choro, um lamento e esse lamento, só meu.
Aliás, acho que esse Choro sou eu.
Delirado por Penso que todos os passos perdidos são meus às 21:42 0 comentários