sábado, 7 de abril de 2007

Será que a gente é louca ou lúcida?



Dia estranho, pensamentos desconexos e sentimentos contraditórios.
Ou seja, receita para o tédio!
Vontade de vagar ouvindo músicas, transformar toda a minha vida em uma melodia vibrante e desafinada composta para uma letra triste.
Poderia ser um Jazz, com um piano executado por dedos ágeis, expressando toda a minha ânsia de explosão, ao lado de um sax imponente gritando todas as minha angústias e desesperos.
Mas, ainda, talvez fosse a minha vida um samba com toda a sua cadência mimosa, sua malandragem, no qual um pandeiro comandaria toda a minha paixão pelo prazer, pela vida e pela liberdade.
Ou quem sabe seria a minha existência um Rock in'Roll, com suas guitarras nervosas e toda a verborragia e melancolia tão condizentes com meus dias de solidão e carência...
Alguns, com certeza, diriam que a minha vida é uma música Pop; simples, bonitinha, sem maiores complicações, em que se pode ouvir um contrabaixo elétrico bem calmo, quase imperceptível, mas fundamental para a harmonia da composição pacífica e conformista.
Mas, na verdade, acho que minha vida seria um Choro.
Sim, um Choro.
Um Choro redentor e silencioso, sem flautas, violão, cavaquinho ou bandolim.
E assim, já despida de todos os instrumentos, eu seria a minha própria banda e esse Choro, um lamento e esse lamento, só meu.
Aliás, acho que esse Choro sou eu.

0 Comments: