terça-feira, 29 de maio de 2007

Hug me


Nesse sábado o telefone tocou e uma voz empolgada do outro lado da linha disse: "Dosana, já cheguei de Sampa. Estou aqui no aeroporto, indo pra casa"
Fiquei feliz com o retorno mesmo sem nem ao menos saber que ele tinha ido... Enfim, acontece.
Depois das já tradicionais e necessárias palavras de carinho, além da fraterna troca da frase "te amo muito", fiquei sabendo que havia um presente pra mim. Um bichinho, teria dito ele.
"Não gosto de bichinhos", foi o meu primeiro pensamento.
No domingo recebo a visita e o prometido presente. Um garfield, pra variar, com um tímido pedido estampado em um coração: "abrace-me".
A sensação foi boa e ao mesmo tempo estranha. Haja visto a minha idade, nunca mais tinha recebido um "bichinho". Mais estranho ainda ganhar de meu irmão.
Mal de ser caçula. Mal de ter sido mimada.
Ainda bem.

terça-feira, 22 de maio de 2007

Tinha bacalhau, mas onde estava a batata?



Resumo da sexta-feira:

Thai (esquerda), eu (no meio - lá ele!) e Pedro.

Achamos o bacalhau, mas faltou a batata.

A saga continua...

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Nervosa Calmaria

Queria saber escrever. Muito.

Queria não acordar todos os dias com a sensação de arrependimento de algo que nem sei ao certo.
Três vezes na semana estaria ótimo.

Sinto que tudo que faço é mal feito.
Acho que sou uma farsa. Não queria ser uma farsa.
Algumas pessoas se iludem e há até quem jure que tenho talentos.
Acho que disfarço bem.

Queria a solidão.
Não a minha solidão diária, mas a plena ausência.

Queria companhia.
Queria não ter que me dedicar só a mim mesma e ainda sentir que falhei. Quem sabe um cachorro?
Não, amigos, não se empolguem, um pastor alemão seria a raça mais ideal.

Meu querido queria me ver todos os dias.
Não permito nem ao menos um. Queria ter coragem pra permitir.
Acho que é melhor assim. Só não sei exatamente pra quem...
Ultimamente tenho me especializado em carinhos virtuais.

Queria não ter tempestades silenciosas.
Seria bom de vez em quando ser capaz de compartilhar minhas emoções. Emoções contidas demais.
Um dia desses me permito.
Um dia desses explodo.
Ainda não decidi.

Enfim, estou aqui. Estou bem.
Na velha paz de sempre.
Paz? Não sei.
Silêncio.
Sim, o silêncio, minha nervosa calmaria.

Queria não só dizer essas bobagens sem muito sentido.

Queria saber escrever. Muito.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Memórias de um Bolinho de Bacalhau


Dedicado aos companheiros de copo, Thaís Seixas e Pedro Overbeck.

Que magia pode haver em um bolinho de bacalhau??
Alguns diriam que o bolinho de bacalhau é um ótimo tira-gosto, indispensável em uma mesa de bar.
Outros afirmariam que o sabor não lhes agrada e, enfim, melhor comer uma porção de batata frita.
Mas com certeza todos concordariam que não há magia alguma, apenas habilidades culinárias.
Sinto decepcionar, mas descobri que há uma variação muito mais saborosa do bolinho de bacalhau: o bolinho de batata com notas de bacalhau! Sim, bolinho de batata com suaves (bem suaves) notas de bacalhau.
Eis o seu segredo: essa variação pode unir pessoas.
O bolinho de batata com notas de bachalhau é capaz de revelar o quão agradável e inteligente é aquela pessoa a quem você antes dirigia um singelo e tímido "oi"
Com o bolinho de batata com notas de bacalhau senti como é maravilhoso ter uma amizade se consolidando a cada dia que passa.
E agora aconselho a todos que peçam, peçam não, exijam sempre essa iguaria no cardápio.
Deixem que o garçom traga o bolinho de bacalhau mas, no íntimo, sintam o gostinho da noite, sempre tão carregada de ludismo, do prazer das companhias e do despertar do respeito e admiração por aqueles que te cercam.
Vivam todas as mesas dos bares da vida e viva o bolinho de batata com suas extraordinárias notas de bacalhau!