sexta-feira, 27 de julho de 2007


É engraçado como a gente se descobre a cada dia.


Hoje, mais do que nunca, eu sei que não posso me negligenciar.


Ouço atentamente todos os meus anseios e vontades de forma despreendida.


Sei que pra ser feliz só preciso de paz. Aquela paz gostosa e melancólica que sinto quando escuto Bossa Nova.


As vezes acho que só preciso de Bossa Nova pra ser feliz.


Sei que tenho os amigos e que preciso deles para compartilhar todas as minhas alegrias e ouvir todos os seus problemas... As minhas angústias geralmente eu guardo só pra mim mesma. Mal de capricorniana.

Amigos e a minha família, meu porto seguro, meus amores. Acho que são os que menos sabem sobre mim, mas são os que mais me transmitem a força que preciso.

Tento todos os dias descomplicar cada vez mais a minha vida.

Hoje eu sei que não existe uma grande decepção, então não crio grandes expectativas. Apenas sigo concordando com tudo e duvidando de todos.

Aprendi que guardando as minhas opinões eu preservo meus ouvidos da mediocridade.

Apenas observo tudo com a calma que possuo. Ou acho que possuo.

Paciência é que mais tenho nessa vida e, enquanto a ansiedade me corrói as entranhas, eu apenas mantenho o olhar vazio.

Nem sei mais ao certo o que eu queria dizer com isso tudo...

Acho que era algo sobre felicidade.

Ah... nesse exato momento eu só queria um amor eterno que durasse até o dia amanhecer.

E Bossa Nova.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Lágrima Flor


Pensei em alguém e imaginei a nossa despedida.

Lágrimas vieram aos olhos, mas não nos meus.

De alguma forma assustadora eu não conseguia me ver chorando.

Me via apenas resignada.

Via os olhos dele lacrimejando.

E pensei que a lágrima era de alegria e de tristeza.

A alegria de conhecer e de se surpreender.

E a tristeza do adeus anunciando a saudade inevitável.

Sentia a mesma coisa.

Já derramei lágrimas de vários tipos e lavei o chão com emoções variadas.

Só eu conheço os frutos.

Só eu vejo a árvore.

Hoje as lágrimas já não descem mais.

Transbordam em lugares recônditos.

Tenho medo de ir até lá.

Medo de me afogar.

Medo de gostar...

Ando por caminhos secos.

Caminhos seguros e absurdamente inóspitos.

Caminho no escuro e com a consciência do mundo ao meu redor, viva.

Apenas tateio.

Alguém, por favor, acenda as luzes porque eu preciso mergulhar.

"I guess I'll drown in my own tears"


Chora, que é bom
Mas não deixa ninguém perceber
Pois a lágrima feita de amor
Vira flor pelo bem que ela faz


Billy Blanco - Lágrima Flor