terça-feira, 10 de abril de 2007

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Ontem mandei que uma pessoa fechasse os olhos e me deixasse guiá-la pela rua.
Como um bom menino obediente ele fechou os olhos, mas estendeu os braços à frente, na tentativa de tatear o vazio.
Imediatamente perguntei, cheia de malícia:
- Então não confia em mim?
Seu olhar revelador transmitiu todo o entendimento do meu gesto manipulador e da minha pergunta nem um pouco inocente.
Nada foi dito.
E assim somos feitos; poucas palavras, muitos olhares.

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